terça-feira, 5 de março de 2013

“OS PEITOS”

                                
                                      Dirceu Ayres

 Certa vez eu conheci             
Uma menina danada
Assim que vi percebi,
Ela era bem malvada.
Bichinha bem diferente
Eu queria os peitos dela,
Moça que engana a gente
Achava-se bem singela.

Peito enorme bem redondo
Branco, bonito, arrumados,
Acho que tava amando
Aqueles peitos danados.
Passei a mamar o “bicho”
Sem fazer tanta careta
Quando parei, eu sei disso,
Tava mamando na teta.

Peito grande sem vergonha
A mim tu não mete medo,
Vou dissecar sua entranha
Vou saber o teu segredo
Vou mamá-lo até secar
Vai ficar gostoso sedo
Sem querer te molegar
Vou pra cima sem medo.

A dona daqueles peitos
Eu sei bem quem é aquela
Pediu-me com muito jeito,
Que eu pegasse por trás nela.
Já velho muito cansado,
Queria esquecer os peitos,
Naquele corpo dourado
Que sabia ser perfeito.

Sentado eu observava
Aquele corpo tão bonito,
Sabendo que ela levava
Lá na frente meu conflito.
Esquecer aqueles peitos
Pra cabeça descansar,
Bem pesado aquele eito
Não podia carregar.

Aqui me despeço agora
Pra tentar acomodar
Não posso esperar a hora
Dessa peleja largar.
Espero sonhar com peito
Acordar não os largar
Levantar com muito jeito
Na memória colocar.

 Inda hoje, Divagando;
Eu entro em disritmia.
Quase tudo que sabia
Pensando estou sonhando;
 Aqueles peitos redondos
Quase que me enlouquecia
Chupei muito aquele dia
Hoje estou só me lembrando.    
            
                                                                                

sábado, 5 de janeiro de 2013

SONHO SENTIMENTO E PAIXÃO




                                                         
           Dirceu Ayres

Vi na rua uma bela moça                    
 Cabelos loiros assanhado         
Corpo bem delineado,  
Tudo nela era arrumado
Camisola bem decente
De fazenda transparente
Cabelo  meio amarrado.     
                                                   
Pois ela quando me viu
Ficou me tartamudeando
Não estava nem falando
Prá ela o mundo caiu.
Com perna bem bronzeada
Com finura e bem decente,
Nádega proeminente.
A moça olha prá gente
E diz, meu mundo faliu.             

É que eu não tinha visto
Que a moça era formosa
Cabelo com cacho, lúbrico,
Bem corada ou cor de rosa,
Com sorriso bem brilhante
Um corpinho exuberante,
Era uma mulher mimosa.

Com cerca de quinze anos
Era uma mulher tão bela,
Esqueci sessenta anos
E me apaixonei por ela.
Tomei logo a decisão
Do fundo do coração,
Eu vou me casar com ela.

Ela me amou de fato
E queria muito bem,
Eu nunca seria ausente
Seria seu grande bem.
Com olhar apaixonado
Sentia-me compensado
Amar-me até no além.

Um amigo “Malaquias”,
Notou logo num instante
Viu que amigo não devia
Fazer parte desse lance,
Por experiência já sabia
Pois parar ninguém podia
Um verdadeiro romance.

O ano que foi chegando
Com namoro acontecendo
Amor na cama ardendo
Prá o destino era amando.    
O Pai dela apareceu
E eu que fui procurá-lo
Pediu-lhe a mão; ele deu.

Hoje que eu vivo com ela
Alegria em nos campeia
Seu cabelo despenteia
E eu faço a alegria dela.
Branca, menina, mimosa,
Ser bela e ser tão formosa
Tem um jeito próprio dela
Não chega a ser trabalhosa.

Aqueles seios bonitos
Empinados para o rosto
Eu beijo com muito gosto
Fico até meio esquisito.
Sua pele tem alvura,
É limpa e seu gosto é mel,
Possuí-la é ir pro céu,
Ela transmite ternura.





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

VÁRIOS TIPOS DE BUNDA

  
           Dirceu Ayres

Tem bunda sôrta qui sarta
Tem bunda de todo jeito
Bunda baixa, bunda arta,
Bunda em coipo perfeito.
Tem bunda preta, tem branca,
Tem bunda que é indigente
Tem quá arde iguá pimenta
Queima mão poi que é quente
Sei que tem bunda covarde
Quem tem a bunda valente.

Uma bunda esquisita
Outra cheia de espinho,
Outra em mulher bonita,
Outra esperando carinho,
Outra que tem foimusura
É quage torando a cintura
Enchendo a vista da gente.
Vai passá na minha frente
Dôi rebolo balançando
Iguá cobra em terra quente.

Bunda gorda arredondada
Na cintura fai barrica
Bunda meio entortada
Nem sei Cuma é que fica.
Tomba aqui, tomba acolá
Nem sei Cuma não se cansa
Não sei Cuma vai ficá.
Deve ser bunda valente
Vou jogá-la praculá
Prá cabra macho amansá.

Um dia um amigo meu
Danou-se a me preguntá
O que se faz prá amansá
A muié do amigo meu?.
A mulher do meu amigo
Vai apostar eu lhe digo
Sua bunda é um perigo,
Ele mesmo se perdeu.
Agora prá seu castigo
Ela anunciou e vendeu.


Um dia um outro amigo
Veio a mim perguntar
Casado como é que é,
Como é tua muié?.          
Eu passei a lhe contar:
Falando bem direitinho
Do jeitim qui prá mim é.
 Rabuda, toda faceira
Coipo cheio, aima intêra
Assim é minha muié.


 Pra mim é muito bonita.
Dessas feme introncada,
Foi bem feita e acabada
Dessas muié que é artista.
É pura loira e é bacana
Cabelo grande de cigana
Vai inté artura da pista.
Onde a lombada alevanta
Tão arta que perde a vista
Dôi monte que traz ganança. 

Quando lembo, tô vendo,
Uns gaiatos como o cão,
Vou logo arrespondendo
Na bucha com sastifação,
Peiguntas que fizeram
Para me tirá do séro,
Não pudero fazér não.
Sou o dono do coipão
Eu amunto nele em osso
E me agarro ao pescoço. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O PEDIDO

   
Gente que faz um pedido
E lhe chega bem menor,     Dirceu Ayres
Se depois pedir maior
Aí vem grande demais.                 

Com tamanhos desiguais,
Vai perder prós encolhidos
E se um sai mais comprido
Às vezes é bom demais.

Usando a imaginação,
Um cresceu, outro encolheu
O tamanho que cresceu
Aconteceu com o mulherão.

Em casa, na rua do cabaré
E nessa casa foi morar
Na intenção de se casar
Com o moreno Zé Mané.

Já na cama ele foi fraco
O pinto era pequeno
Mulher boa, um veneno;
Ele com pinto de gato.

A mulher não quis gostar
Queria mais comprimento
Procurou o Doutor Bento
Prá com jeito aumentar.

Disse o Doutor, se estirar
Vai ser coisa muito pouca,
E a mulher quase louca,
Disse: Doutor faz crescer
É ruim você comer
Sem sentir nada na boca.

Mas não desprezou Mané,
Dele tinha muita pena,
Achava a colher pequena
Prá mexer o seu café.
Vou arranjar outro macho
Talvez me saia melhor
Sem feira fico pior
Mas um bem dotado eu acho.

A mulher já conquistou
O tal de Picasso Gomes
Interessante o seu nome
Com esse ela se agarrou.
E prá não largar o outro
Combinou com o Mané
Não ter briga prá depois
Ela foi morar com os dois.

Assim eu faço Mané,
Uma noite é de Picasso
A outra noite é do Mané.
Só que a noite, hora do gás
Aí a mulher deu fé;
O Picasso era demais,
Ela pinotou prá trás
Desse tamanho jamais!!.

O Picasso se mexeu
Prá fazer amor bonito
A mulher deu logo o grito
Que o colchão amoleceu.
Vestiu a roupa e correu
E prá não perder embalo
Foi ver seu irmão Gonçalo,
Disse: encontrei um cavalo.

Pois eu que nunca fui à égua
Encontrei esse Picasso
Que tem um bicho de aço
Ele mesmo é um Pai-dégua.

Logo depois do cansaço
Procurou o Doutor Bento
Desse jeito eu me arrebento
Com esse homem Picasso
Se transar eu não agüento
Me diga o que é que eu faço,
Pois Mané tem dez por cento.
Se tentar eu me esbagaço
Mané herdou a do gato
E Picasso a do Jumento.

Doutor disse esse favor
Que eu lhe faço de graça
Como você quer que faça
Eles nem sentem a dor.
Vou cortar sem darem fé;
Um palmo acima em Picasso
Depois prego em Zé Mané.

Se provar e tudo em paz
Casada com dois maridos
Quenga nos dois sentidos
Moça com os desiguais,
Um com pouco, outro demais.
Num o Gato dengoso,
Noutro o Jegue fogoso
Vai ficar tudo gostoso.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O GUIA

             
                               Dirceu Ayres

Venha comigo quero ser teu guia,
Esse caminho que entrarás conheço,
Venha; mostrar-te-ei todo o tropeço,
Antes como tu, eu também não via.
Hoje eu sofro, sei; bem o mereço,
Se eu fosse precavido não teria
Feridas dos desvios  que eu seguia,
Tropeços causados ao meu começo.
 
Como teu guia  agora me ofereço,
assim nunca andarás desnorteada,
Se escutar-me te direi como faria,
Se eu tivesse um guia do meu lado,
mostrando-me como evitar o fado                    
Que antes como tu, eu desconhecia.          

Serei teus olhos, linda criatura
Levar-te-ei na senda mais correta
Serei teu escudeiro, coisa certa,
Minhas intenções serão bem puras.
Nunca terás nenhuma amargura
Seu fiel escudeiro lhe protegerá
Das pedras que no caminho surgirá,
Suas intenções sempre serão puras.

O seu guia com orgulho eu serei.
Ser seu guia, isso não for bastante,
Serei um orgulhoso acompanhante
Que a seus pés satisfeito eu estarei.
Respirarei por você, sou seu pulmão,
Limparei o seu sangue, sou seu rim,
Ser seu fígado, tua bexiga, tudo enfim
E com cuidado zelarei seu coração.     

O IMORTAL

                         
                                            Dirceu Ayres
Sei que a vida é um jogo
E a vida, é boa de viver,
Sem “maribondo de fogo”
Má imortal eu devo ser.
Não sei fazer essa ironia
O rompante é que desgasta,
Sem fazer nada, não ia!
Receber tudo de graça.

Também sei usar a lábia
Isso também me irrita
Sou pessoa muito sábia,
Mas isso não justifica.
A morte quer me levar
Não concordo com ela não,
Primeiro quero tentar
Vestir belo GALARDÃO.

Academia de imortais
É lugar que vou estar
Não penso nunca jamais
Essa idéia de largar.
Imortal, sei sim senhor,
Pois é isso que imagino
Nunca fui um perdedor
Vencer é o meu Destino.

Imortal, eu bem serei!
Pois eu sempre fui assim
Meu tempo eu gastarei
Não achei a vida ruim
Eu estou tentando agora
Minha vida melhorar
Vou ficar aqui por fora
Um pistolão arranjar.

Pois eu penso que seria
Difícil sim até demais,
Sem escora eu não podia
Ser mais um dos imortais.
Esse Dirceu é demais
É autêntico esse rapaz
Não duvide ele é capaz
De ser um dos Imortais.

Más agora ta tentando
Na academia entrar,
Continuar até sonhando
Pois pretende estrear
A vestimenta estranha
Que eles têm de usar.
Meu alfaiate esperando
O que ele tem de aprontar.

Aqui não digo besteira
Por sonhar, não estranhar,
Tenho idéias Brasileiras
Que nunca vão acabar.
Vou pra essa academia
Custe tudo que custar
Aprender Filosofia
Para a vida melhorar.

Tentarei a Academia
Como fez o Zé Sarney
Fazer tudo diferente
Não fazer o que ele fez.
Escreverei com estrondo
Tudo que ele não escreveu
É de fogo o maribondo,
E de gelo esse Dirceu.

Vou ficar muito famoso
Vestindo esse galardão
Lá vai o Dirceu tinhoso
Vestindo aquele roupão,
Elegante e bem jeitoso!
Dirá logo o Zé povão
Não vou ligar para povo
Pois é esse o meu jeitão.